COETZEE, J. M.


JOHN MAXWELL COETZEE



John Maxwell Coetzee é um escritor sul-africano que recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 2003 - o quarto escritor africano a receber essa honra e o segundo no seu país (depois de Nadine Gordimer, em 1991).Nascido na Cidade do Cabo a 9 de Fevereiro de 1940, Coetzee estudou na sua cidade natal até completar dois bacharelatos, um em língua inglesa e outro em matemática. Os anos 196265 foram passados na Inglaterra, trabalhando como programador de computadores, ao mesmo tempo que preparava uma tese sobre o novelista inglês Ford Madox Ford. Em 1968 Coetzee completou o seu doutoramento em linguística das línguas germânicas na Universidade do Texas, em Austin, com uma tese sobre os primeiros trabalhos de Samuel Beckett. Entre 1968 e 1971, Coetzee foi professor de inglês na Universidade do Estado de Nova Iorque em Buffalo mas, depois de lhe ser negado o direito de residência permanente nos EUA, regressou à África do Sul onde ensinou na Universidade da Cidade do Cabo, até 2000. Em 2002, ele emigrou para a Austrália e ensina na universidade de Adelaide. A sua carreira literária no campo da ficção começou em 1969, mas o seu primeiro livro, Dusklands, só foi publicado na África do Sul em 1974. Coetzee recebeu vários prémios antes do Nobel e foi o primeiro a receber o Booker Prize por duas vezes: primeiro por Life & Times of Michael K em 1983 e por Disgrace, em 1999.



LIVRO ESCOLHIDO - EDITORA COMPANHIA DAS LETRAS


DESONRA



Sucesso de público e crítica - foi publicado em mais de vinte países e ganhou o Booker Prize, o mais importante prêmio literário da Inglaterra -, Desonra é considerado o melhor romance de J. M. Coetzee. O livro conta a história de David Lurie, um homem que cai em desgraça. Lurie é um professor de literatura que não sabe como conciliar sua formação humanista, seu desejo amoroso e as normas politicamente corretas da universidade onde dá aula. Mesmo sabendo do perigo, ele tem um caso com uma aluna. Acusado de abuso, é expulso da universidade e viaja para passar uns dias na propriedade rural da filha, Lucy. No campo, esse homem atormentado toma contato com a brutalidade e o ressentimento da África do Sul pós-apartheid. Com personagens vivos, com um ritmo narrativo que magnetiza o leitor, Desonra investiga as relações entre as classes, os sexos, as raças, tratando dos choques entre um passado de exploração e um presente de acerto de contas, entre uma cultura humanista e uma situação social explosiva.





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